O termo “cambono” ou “cambone” tem origem angolana: “Kambono” e significa pessoas que não entram em transe mediúnico, exercendo diversas atividades e responsabilidades dentro de um ritual sagrado.
Portanto, este termo já era bem conhecido antes do surgimento da Umbanda, e utilizado pelos cultos de origem afro.
Posteriormente, foi absorvido pela religião de Umbanda para designar os “obreiros” (trabalhadores, auxiliares) dos guias espirituais no trabalho mediúnico.
Ao contrário do que muitos pensam, os cambones são tão importantes quanto os médiuns de trabalho que incorporam, pois são eles que ajudam a garantir segurança, firmeza e proteção para o grupo, e para o trabalho; além de ajudarem nas necessidades físicas, como pegar materiais, limpar algo e esclarecer dúvidas simples das pessoas.
Quando você vai em um terreiro costumeiramente tem o médium de atendimento incorporado e uma pessoa ao lado que auxilia, esse é o cambono ou cambone, a pronúncia atualmente depende da região do Brasil.
Ao entrar como médium de gira na umbanda costuma-se ser cambone primeiro, por ser um ótimo momento de aprendizado, conhecimento dos guias, conhecimento das regras da casa e etc e diferente do que pensam acontece um grande desenvolvimento durante esse período sem incorporação. Além de desenvolver as mediunidades, o cambone tem a chance de aprender muito sobre a vida, sobre si mesmo, autoconhecimento que é fundamental para um bom trabalho espiritual e claro sobre a umbanda em si.
Eu considero uma oportunidade de ouro e acho que quem deixa de ter isso perde a chance de ser um médium mais completo, com mais conhecimento e mais facilidade para atender futuramente incorporado.
Agora que já entendeu sobre cambones, convido a ler um texto que escrevi em 2018 com muito carinho sobre essa função tão linda:
Após a gira, quase sempre no dia seguinte consigo refletir sobre tudo que rolou e acabo me pegando em uma nostalgia gostosa.
E hoje me vem um amor aos Cambones!
Primeiro pensei no tempo que fui cambone e o quanto aprendi. Lembro que fui do maravilhoso Seo João. Ah como era bom!
Depois disso acabei tendo outras oportunidades fantásticas de cambonear e até mesmo mais recentemente nas quintas feiras e acho que o aprendizado é incalculável.
Mas o amor que hoje sinto é pelos tantos que ajudaram a mim e as entidades que trabalho. Desde o comecinho até hoje.
Os que ficaram mais tempo e ai foi uma história de aprendizado diferente e especial e os que ficaram apenas um ciclo pequeno mas acabaram fazendo a diferença.
Não é apenas pegar a vela, entregar a pemba e acender o charuto.
É doar energia e se encontrar nos pedidos do consulente.
Não se trata de escrever o nome em um papel para ser trabalhado, é perceber que ali uma situação está sendo mudada e a vida vai se transformando.
É amar o aprendizado, se emocionar com as histórias, evoluir como médium
Não se trata de apenas servir uma bebida, de ouvir um relato, de cuidar para que tudo siga as regras.
Trata-se de criar um triangulo entidade/médium, consulente e cambone e servir com a dedicação de quem entendeu o amor pela Umbanda.
Vocês são especiais para mim, muito aprendo e levo no coração! Obrigada.
*** Não perca a oportunidade de ser cambone, esse seria meu conselho a cada médium que inicia na umbanda!
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(imagem de fotógrafo desconhecido - se você sabe quem é identifique para créditos)